O que rolou na TOC Europe 2018

O TOC Europe 2018, principal encontro de Logística Portuária da Europa, aconteceu entre os dias 12 e 14 de junho em Rotterdam (Holanda) e a T2S esteve representada no evento. Ricardo Larguesa, diretor da empresa – que é especializada em soluções de software para o setor portuário – participou dos três dias de encontro e trouxe novidades para a equipe.

Durante o evento, estiveram reunidos os os principais atores do Setor Portuário no mundo. Nesta edição o foco do evento foi a automação de guindastes e inteligência operacional.

Em seminários e debates, os profissionais discutiram qual é o futuro da tecnologia aplicada neste setor e o que ela poderia agregar. Fornecedores também aproveitaram para apresentar seus mais novos produtos.



Painéis do TOC Europe 2018

Primeiro dia

No primeiro painel executivos de Terminal Link, APM, Kalmar, TMEIC, Konecranes, ABB e Siemens apresentaram seus pontos de vista sobre como seria a tecnologia dos terminais no futuro.

Em resumo, acredita-se na tendência da automação dos guindastes. Essa tecnologia tende a diminuir custos operacionais, bem como os riscos de acidentes fatais. A tecnologia também vai permitir considerável economia de recursos e tende a gerar vagas de empregos que exigem maior qualificação, agregando mais valor à economia. Neste caso, o desafio está na regulamentação e na diminuição dos custos de implementação.

Em seguida, o segundo painel teve a participação de executivos de INFORM, TBA, Moffatt & Nichol, ISL, Tideworks, Camco, ABB e Navis. Juntos, os profissionais falaram sobre inteligência operacional. Cada um dos executivos explicou como suas ferramentas podem, individualmente, agregar inteligência à operação.

Neste caso a maior dificuldade ficou clara: é preciso uma integração muito profunda para extrair o melhor de cada ferramenta no contexto operacional da organização. Por isso a importância de um integrador de software que conheça os processos de negócio do setor portuário. Este é exatamente o ponto em que a T2S pode atuar.

Além disso, no primeiro dia os participantes conheceram o caso de sucesso da informatização do Trieste Marine Terminal, na Itália. Assim como o caso de sucesso da DP World de Antuérpia, que usou uma solução de gestão de filas para melhorar sua reputação entre os usuários do terminal.

Segundo dia

No dia seguinte o tema foi a logística portuária terrestre, ou seja, a integração modal e o escoamento das cargas por trem ou rodovias. Por certo, o Brasil está atrasado neste sentido. Mas, foi possível perceber que nos países mais desenvolvidos as necessidades de infraestrutura demandam do setor produtivo um planejamento conjunto com as autoridades locais, com o objetivo de interferir o mínimo possível na vida dos cidadãos.

Nesse sentido, um dos casos que chamou atenção foi solução de uma empresa americana que usa um sistema comum de câmeras de vigilância para detectar e monitorar caminhões e as cargas destes dentro do terminal. Uma novidade que pode ser muito útil na otimização do tempo dos veículos tanto dentro como fora do terminal.

A continuidade do segundo dia teve como tema a automação. Mas, desta vez, com foco nos guindastes. Como qualquer automação exige uma sala de controle remota para operar as exceções, falou-se muito sobre os avanços da realidade virtual. De acordo com pesquisas, atualmente os operadores preferem os simuladores do que a operação real. Tal tendência é muito importante para diminuição dos riscos da operação de campo, que exige a presença física dos operadores.

Terceiro dia

O último dia de evento teve como tema a sustentabilidade e os fabricantes aproveitaram para apresentar o que há de novo nos seus produtos nesse sentido. Percebe-se que a tendência é a criação de equipamentos que aproveitam energia de diversos meios.

Há, ainda, projetos de guindastes que chegam a gastar apenas metade do consumo atual. Novidade muito importante para o nosso futuro.

Aprendizados

Em conclusão, sabemos que a automação está apenas começando.

Nos dias de hoje existem pouquíssimos terminais automatizados no mundo, e nenhum no Brasil. Há um campo grande para inovação neste mercado e pode-se ter certeza de que é apenas uma questão de tempo, porque são muitos benefícios para deixar um investimento desses de lado.

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