Blockchain e seu impacto no setor portuário
Se houvesse um título de palavra mais usada no ano, em 2018 ele provavelmente iria para o termo “Blockchain”. Afinal, essa foi uma tecnologia que ganhou destaque no decorrer dos meses - seja por conta do boom das Bitcoins ou outros fatores. E mais do que estar na boca do povo, o blockchain também está ganhando a indústria, inclusive o setor portuário.
Prova disso é que o tema foi abordado em grandes eventos como, por exemplo, a Intermodal, o Navis Latin America Customer Forum e o TOC Americas.
Apesar dessa popularidade, ainda são várias as dúvidas em torno do assunto. A principal delas é sobre o impacto do blockchain no setor portuário. Se acaso você tem interesse neste tema, nós estamos aqui para ajudar!
O que é blockchain?
Antes de mais nada, vamos recapitular e entender o que é o blockchain. Em resumo estamos falando de algo como um livro de contabilidade, já que o blockchain registra todas as transações de uma empresa. Também é possível dizer que com ele é viável descentralizar o processo de validação em uma transação.
A grande diferença é que seus registros funcionam a partir de quatro princípios:
- São imutáveis, ou seja, transações do passado não podem ser alteradas
- São transparentes, uma vez que todas as transações são visíveis para todos
- São robustas, já que não é há grandes burocracias em seu funcionamento. Só para exemplificar, qualquer computador pode ser retirado do sistema sem comprometer o funcionamento
- Não há intermediação, não há necessidade de um órgão central para fazer a validação de qualquer transação.
Impacto do blockchain no setor portuário
Dito isso, vamos ao que interessa: o que muda na logística e no setor portuário?
No início do ano, o vice-presidente global de agentes alfandegários propôs - em uma audiência do Congresso dos EUA - o uso de um sistema global de rastreamento baseado em blockchain. De acordo com ele, este sistema ajudaria a reduzir atritos e daria mais integridade, transparência, interoperabilidade e segurança para cargas internacionais. Neste mesmo sentido, em junho o porto de Roterdã (Holanda), anunciou uma parceria com uma startup de desenvolvimento em blockchain. Segundo o anúncio, o objetivo é utilizar a tecnologia no rastreamento de cargas.
Em outras palavras: no setor portuário acredita-se que o blockchain é uma solução incomparável para trazer inovações ao mercado global (palavras de membros do setor de logística para o portal Cointelegraph).
Para além das maneiras citadas acima, existem outras formas de utilizar o blockchain no setor portuário. Em todas elas, o ganho vai desde a maior confiabilidade na troca de informações (que também fica mais rápida) até uma queda na quantidade de burocracias e, é claro, no orçamento. Neste sentido, segundo o Fórum Econômico Mundial, a melhora na comunicação e administração das fronteiras usando o blockchain pode gerar US$ 1 trilhão adicionais em comércio global.
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